quarta-feira, 19 de agosto de 2009

"escutei o seu relógio, ele faz: tic-tic-tic!"

23:57.
Mania de querer botar em panos limpos tudo o que ocorre, tudo o que se passa. Tudo o que se pensa. Mania de expor seus desejos, seus sentimentos, seu egoísmo. Sua cara de pau sincera. Loucura de ver que as coisas podem melhorar quando o tempo corre contra você, quando as coisas decaem, folhas caem, flores murcham. Essa coisa de ficar minutos, tempos, horas esperando que uma idéia surja onde eu apenas posso escrever. Loucura! Ao meu modo de pensar o mundo é um grande rota de fuga onde ninguém sabe onde começa, ninguém sabe onde termina. Corremos em volta da laranja. As pessoas são diferentes e isso é óbvio, é lógico, é irônico... e o que as faz diferentes? Quando elas leem, elas não pensam como eu, nem como você, elas apenas pensam e tentam compreender. Tentam - e se conseguem eu não sei. Coisas sem nexo(às vezes) eu sei, como agora, como sempre o farei.
00:07

tic-tic-tic.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

588565/17.08.

“Ainda há fogo em mim, todas as cidades já estão em chamas. Consumidas por um desejo voraz (...). E flores pairando no ar. Há ainda fogo em mim, quisera sempre assim”.
O sol que veste o dia, que veste o dia de vermelho. Até que brote sangue, até que surja alma. E a calma de um longo dia, que vem pra ser, nascer. Beber o suco de muitas frutas, beber o possível da impossibilidade e saber de tudo o dia inteiro.
Quisera que fosse sempre assim, o meu amor perto de mim.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O que leva e o que vale a pena quando você pensa em só você?

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

e lá vai Walther Morais.

"Pouco me importa se o tempo um dia vai me matar;
Eu não nasci pra semente e nem vim aqui pra ficar.
Agradeço a natureza por tudo que ela me deu;
Meu nome fica na história, pra quem não me conheceu."

mazá!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Começou a taquicardia.

Chovia com tanta intensidade lá fora que por um momento achei que chovia dentro de mim, gotas caiam com força, faziam crateras no chão, respingavam.
Por um instante em minha cama, sentei-me. Olhei. Formas, formatos criados além duma imaginação alucinógena, abajures que pareciam cabeças e outras formas não sei quais viravam sem querer marionetes.
Fechando os olhos os raios passavam pelas pálpebras e mesmo com aqueles fechados eu enxergava coisas das quais jamais veria e vi. Formatos e cores alucinantes se misturavam pelo espaço imaginário desconhecido. De repente as pernas faziam um movimento involuntário, era como se alguém me puxasse pelos pés. Depois movi o corpo inteiro, era hora de ver se tinha alguma coisa errada. Porra!
Eu não mandava em nada mais, em mim. Os movimentos eram involuntários, a ânsia de toda hora, e quando me lembrava dos momentos de colisão de toda minha vida começava a taquicardia. Era como se meu coração batesse com tamanha violência para empurrar os outros órgãos dentro de mim, parecia não ter controle sobre ele. Acelerava, desacelerava, acelerava, desacelerava e assim sucessivamente. Sairia pela boca.
Ao fundo de minha imaginação como se eu tivesse um caixa muito bem escondida dentro dela, ouvia, cantava, Cindy Lauper. A merda da música não saia nem um instante da cabeça, ficava latejando, implorando para que eu ouvisse. Toda a naúsea voltava, o estômago não aguentava mais se contrair. Resisti, porque além do mais, odeio vomitar.
E toda aquela coisa de se for pra ser, será. Se foda!