quarta-feira, 23 de junho de 2010

ROCK NA CASA BRANCA


(Reportagem da revista PIAUÍ 45, onde o ponto de vista mais claro impossível expõe para o público a realidade não vista de várias matérias em que cai no esquecimento do ser humano, ou de não tanta importância dada. E é no universo em que vivemos e não vemos o que acontece em nosso redor. As pessoas que gostam de uma boa literatura, de saber, aprender e se aprofundar em diversos assuntos dos quais a maioria da população mundial nunca soube. Problemas nacionais e internacionais em diferentes ângulos e percepções.)


COMO ELVIS PRESLEY PEDIU A NIXON PARA SER AGENTE DO FBI.

A constatação foi feita pela National Archives and Records Administration de Washington, a instituição federal encarregada da preservação de tudo o que documenta a história oficial dos Estados Unidos: uma banal fotografia de quarenta anos atrás, de escasso valor simbólico , tornou-se o documento mais solicitado até hoje para reprodução. (...) Não é pouca coisa ser o primeiro da lista de um acervo que agrupa, entre outras categorias, 9 bilhões de páginas de texto, mais de 20 milhões de fotos, 365 mil rolos de filme, 70 mil gravações e 7,2 milhões de itens cartográficos.

A história por trás da foto começou numa noite de 1970, quand dois hóspedes vindos de Los Angeles, e, no dia seguinte, um vindo de Memphis, no Tennessee ocuparam as suítes, 505, 50 e 507 do Washington Hotel.
Registrados como coronel Joon Burrows, Jerry Schilling e Sonny West, tomaram café da manhã bem cedo e rumaram a pé até a Casa Branca.
Burrows levava consigo uma carta manuscrita de seis folhas, endereçada ao presidente Richard Nixon. Levava também uma pistola Colt calibre 45, acomodada numa caixa de madeira.

Ao se apresentar aos guardas do portão da ala norte, Burrows deixou de ser Burrows e se apresentou como "coronel". Identificou-se, corretamente, para o espanto dos guardas: "My name is Elvis Presley." Informou estar ali porque precisava trocar uma palavrinha com o presidente. Ou, pelo menos fazer chegar às suas mãos a carta que havia escrito de próprio punho.

Aparição e pedidos tão insólitos desencadearam respostas igualmente incomum. Enquanto o Rei do Rock 'n' Roll e seus dois amigos guarda-costas aguardavam na guarita, o envelope foi levado ao acessor presidencial Dwight Chapin para avaliação. Escrita em garranchos, rabiscados sobre papel de bordo da American Airlines, a missiva sugeria improviso e urgência. Num dos trechos, Elvis Presley dizia:
"Não pleiteio cargo nem nomeação para um posto fixo, mas posso e serei mais útil se puder me tornar um Agente Federal Itinerante... Do meu jeito, posso ser de grande ajuda, dada a minha capacidade de comunbicaçãocom pessoas de todas as idades... A cultura das drogas, os elementos hippies, o SDS [Estudantes para uma Sociedade Democrática], os Panteras Negras etc. não me veem como inimigo."


um dia eu termino.


terça-feira, 22 de junho de 2010

lights.






The sea urchin's future.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

terra de jagunços.

Canoinhas.
Distrito de Marcílio Dias.
Visão 360º, loucura!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

A minha infelicidade de ser quem eu sou.

Eu queria poder viver a vida sem precisar de ninguém, sem precisar de amigos, de paixões, de amores. Eu me impressiono cada dia mais comigo mesma, com os meus sentimentos e com os outros seres humanos também. Eu me impressiono de como os outros se agarram em outros de uma maneira tão complexa. O amor assim como a política são coisas incompreensíveis, inexplicáveis, indescritíveis. Quereria é poder conhecer as pessoas sem precisar delas, sem sentir a falta delas, sem nem ao menos se lembrar delas no dia seguinte. Quereria mesmo é ter uma memória curta, mas eu digo curta mesmo.

Às vezes eu quero ser uma pessoa que eu não posso ser, às vezes eu penso porque eu sou assim, me pergunto praticamente o tempo inteiro. Eu me pergunto por que eu tenho cabelos morenos, olhos avelã, e tenho uma personalidade que me incomoda profundamente. Eu não queria realmente ser ninguém que me conhece, não queria mais ainda ser quem eu sou.
Poderia ser qualquer um, qualquer um mesmo. Poderia ser o africano que passa fome ou morre de malária, poderia cair de um avião e morrer, poderia ser qualquer coisa deplorável, lamentável, mas não queria ser quem eu sou, incapaz e sem saber realmente se eu posso um dia gostar de alguém.
Incomoda-me saber que eu consigo ser qualquer pessoa, gostar de qualquer coisa, conversar sobre qualquer assunto só pra impressionar e nem ao menos me dar conta do que eu faço.
E o que mais me tortura é pensar que eu não posso mudar e é pior ainda quando me vem à memória a montanha de pessoas que já magoei.

Eu não quero que você entre para a lista.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

alguma coisa.

Eu tenho um problema assim como qualquer outra pessoa tem.
Não consigo acreditar que algumas pessoas se casam por interesse, assim como acho rara as vezes que as pessoas morrem por amor.
Não acredito em ET's, nem mesmo nas milhões de músicas que falam de amor.
Enquanto eu degusto o vinho a minha rinite desgraçada ataca, enquanto as duas coisas acontecem eu penso. Sim, penso. Todo tempo.
Coço meu nariz, esmago meu olhos, Cruzo meus braços.
As vezes que acho que sei de tudo, e de repente eu percebo que sei de nada.
A vida como sempre surpreendendo de sendo surpreendida.
Eu queria pedir desculpa a todos aqueles que eu magoei e que eu perdoo aqueles que um dia me magoaram.

não sei mais o que escrever.

"O amor nos torna... patéticos". (Rita L.)


Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão.

O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda+ você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

(Arnaldo Jabor)

"O medo, a angústia, o sufoco, a neurose, a poluição
Os juros, o fim... nada de novo.
A gente de novo só tem os sete pecados industriais."

(Baiano e Os Novos Caetanos)

sexta-feira, 11 de junho de 2010

mon cher.


Un, deux, trois. Je direi qui tu es.
Un, deux, trois, je veux que tu sois comme toi.



Pourrait me donner le monde, mais mon souhait serait que vouz avez.
Pourrait passer le reste de mes jours à parler et parler et parler de mon sentiment, mais je ne peux que vous dire combien je vous aime.
Mon amour.

dia-a-dia.

O sol quase cega meus olhos e o vento seca minha pele. As folhas caem e as pessoas passam. Os carros arrancan e os motocicletas perdem o equilibrio. Propagandas em todos os cantos, em todas as arestas, em todos os lugares.
O patriotismo que aflora as peles e raças e cores e etnias. Aquele que por sua vez só surge quando as pessoas pensam que os outros acham que elas são patriotas mesmo. Enganam-se.
A porta que se abre às 8:00 da manhã, e a mesma que se fecha quando a claridade de um dia cinzento se vai.
As sacolas de supermercados que não aguentam o peso que transportam e arrebentam no meio do caminho. O olho que lacrimeja, o sorriso meia-boca, ou quase nada dela.
Anotações na agenda que fazemos e que riscamos depois de comprido o dever. Botas que fazem téc-téc-téc a cada passo, por mais leve que seja, e vem alguém insuportavél dizendo que está com dor de cabeça!
Do que adianta uma das mãos no bolso enquanto a outra balança como um pendolo no ar gelado de alta serra?
Os cabelos que parecem um ninho quando levantamos e que logo some - ou não.
E por que a postura correta quando se é gordo? E o apendice no corpo, se aquele função nenhuma tem?

Tantas coisas que formam o meu dia-a-dia, tantas coisas que se repetem, e outras que a probabilidade de que ocorra novamente é tão pequena.

E quando falta dinheiro pra você fazer qualquer coisa o que você faz? Não faz?
Assalto meu cofre de vaca incomum, a maioria só conhece de porco. Aquele normalzinho cor-de-rosa, ou como as mulheres falam: rosa bebê. Um homem nunca vai saber diferenciar um rosa, um cor-de-rosa, um pink, um rosa bebê, ou qualquer outro tipo de rosa que possa existir que agora não me recordo.
Existem detalhes tão pequenos, tão imperceptiveis, tão minúsculos aos olhos. Detalhes quase não vistos, quase sem importância, ou completamente sem ela.
Detalhes são apenas detalhes.
Deixar-ei os detalhes de lado.

O tic-tac que não dura um dia, o cigarro que se fuma no momento de nervosismo, o filho que nasce, o avô que morre.
E todos os dias eu penso em largar tudo, em deixar de sentar na cadeira na frente do computador, nem se quer ligá-lo. Penso muito em deixar as coisas fúteis de lado e com a vontade enorme de viver, conhecer, sentir, ver.

O aquecedor ligado no banheiro. Negativo três graus. Um cachorro preto, outro branco e uma coelha colorida.
Os pássaros mudos, o gato calado à espera de conseguir um tempinho pra poder roubar ração do cachorro.
O cachorro menor que come a ração do cachorro maior, e vice-versa. É a corrente que se passa no portão. A carona que me dá carona pra faculdade.
Os livros que não li, os cd's que eu não escutei, nem mesmo abri.
A manta que aquece o corpo e o vento que esfria alma.

O coração que bate e que os outros orgão rebate. Uma ação com toda a sua reação.
Os olhos que se fecham e se abrem sem que nos percebamos, a jojóca que acontece quando menos esperamos.
O mantra que se resita, o incenso que se queima.

Inúmeras, inúmeras, inúmeras coisas que vivencio, vivenciei e pretendo vivenciar.
Bom, tomara que eu consiga!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Flores na pólis.




holy love

Uma cadeira branca na esquina do meu trabalho.
Uma cadeira giratória. Branca.
Ao lado do poste que iluminaria a esquina há algumas horas depois, pessoas passam e vão nas lojas gastar o dinheiro, ou vão aos bancos pagar contas, ou simplesmente passeiam por passear.
Outra cadeira surge, uma cadeira mais “incorporada”. Preta.
Uma piadinha logo em seguida nasce: “Éééé, cotas!”.
O sol batia a um ângulo que fazia com que a sombra do prédio de dois andares apenas, chegasse à metade da outra quadra, o que já era bastante.
Deveria ser um pouco mais que 16 horas e meia, quase cinco. As crianças as percebiam, os adultos só o faziam quando aquelas ousavam sentar.

As duas cadeiras se completavam como a poesia completa o amor